Wednesday, February 06, 2008

o dia hj foi pessimo. nao queria acordar, mas fui obrigada por falta de respeito alheio...
minha cama tava otima, n tive aula de manha e o dia tava cinza, com cara de nada, de vazio. nada mais agradavel do q ficar dormindo e dormindo pra evitar q os pensamentos fluam de maneira cada vez mais confusa. tem dias q podiam simplesmente n existir. pluft, pula pro dia seguinte... no caso, amaria ter o relogio do tempo. eu apertaria a tecla "passado" e voltaria alguns meses, so alguns meses, anos nao. pq o que ficou la atras, ficou mesmo. disso eu tenho certeza. ok, tecla "passado" depois tecla "alguns meses atras" depois tecla "mudar". ai no visor do equipamento ultra high-tech eu veria flashes dos meses atras. e na hora importante eu apertaria a tecla "pare". e comecaria as mudancas. pq se arrependimento matasse eu tava mortinha, bem das mortas. eu mudaria algumas pequenas coisas q depois pulando pra tecla "presente" eu veria que as pequenas coisas ja devidamente mudadas fariam uma grande diferenca. agora a tecla "futuro" eu teria o maior cuidado pra n encostar nem de leve. pq ele realmente eu n quero fuxiricar. o q ta la, ta la. e se nao ta, vai estar. e la na tecla "passado" eu excluiria algumas pessoas da minha vida. na verdade eu faria com q eu nunca esbarrasse nelas nem por acaso. nesse exato momento seriam 2. mas eu n posso, isso nao e uma opcao. entao eu levantei as 4 da tarde e sai numa caminhada. o ceu tava horrivel, mas nao tava frio. temperatura agradabilissima para um dia de fevereiro em washington dc. e eu desci a rua toda, all the way down. no meio do caminho eu fui no dean and de luca, pq eu estou deprimida, mas eu tenho muita classe. comprei um cafe delicioso e uma bagel com cream cheese. me dei ao direito de comer a massa super engordativa, uma vez q a ultima alimentacao q meu organismo havia recebido era ontem ao meio-dia. bem, continuei descendo. e la embaixo, bem embaixao tem o potomac river. o rio q passa por dc toda. eu sentei num banquinho bem de frente pro rio. com um cafe numa mao e uma bagel com cream cheese light na outra. nao tenho muita certeza qual deles tava na mao esquerda e qual na direita, mas eu tava la segurando mais q firme, como se fossem joias valiosas, meus companheiros, meus trutas. e cada vez q o vento batia um guardanapo de dentro do saco de papel saia. e eu fui me destraindo com a acao de sair atras de cada um deles pra n abandona-los no chao. numa dessas de pegar um deles do chao (o joguinho ja nao tava tao excitante) eu olhei pro ceu. tinha um sol timido querendo aparecer. n dei muita bola, afinal de contas, blabla, era so o sol, aquele q a gente ta mais q acostumados. voltei pro banquinho e na primeira mordida eu vi um reflexo de luz no rio. era o sol ja aparecido. qdo olhei pra cima mais uma vez, uma surpresa: o dia n era mais cinza. o ceu tava azul e o sol tava mais do q brilhante. e nao foi apenas uma metafora. o fim do dia tava claro, azul e iluminado. o dia cinza nao era mais cinza. eu fiquei la por pelo menos uns 45 minutos. tempo suficiente pra recolher guardanapos inumeras vezes, tomar todo meu cafe e destruir uma bagel. e tempo suficiente tambem pra perceber q nao era so o ceu q tava azul. de repente eu tb tava azul (ai cabe a metafora). e aquele desespero q tava dentro de mim durante a noite e o dia todo ia ficando cada vez menor e minha cabeca conseguiu trabalhar mais tranquilamente. e tudo durou pouco pq rapidinho o dia comecou a virar noite. na mesma rapidez q o cinza virou azul, o azul virou preto. e eu subi a rua de volta. all the way up, mas agora mais calma, mais leve, menos triste e com a cabeca mais limpa e o corpo mais leve.